Economia Circular é um assunto novo e pouco comentado atualmente mais de um conceito interessante que associa desenvolvimento econômico a um melhor uso de recursos naturais, como: reaproveitá-los, reciclá-los, eliminando ou diminuindo ao máximo seu desperdício, sempre pensando nuso consciente.
Para saber um pouco mais sobre o assunto que ganhou repercussão nacional, após um Fórum de Economia Circular em Brasília e do lançamento pelo Governo Federal da Estratégia Nacional de Economia Circular, o Cidade em Movimento entrou em contato com Ana Rúbia Torres de Carvalho, envolvida com Economia Circular desde 2011 e atual diretora executiva do Instituto Brasileiro de Economia Circular.
Segundo Ana Rúbia, a Economia Circular é uma nova forma de produzir, consumir e se relacionar, nas palavras dela “é produzir bens e serviços sem gerar resíduos, o ideal é construir uma sociedade sem lixo”, explicou, acrescentando que nesse novo modelo produtivo não existe descarte, “o excedente da produção se transforma em insumo para um novo ciclo produtivo”, declarou.
Com relação ao objetivo e como praticar a Economia Circular no Brasil, Ana Rúbia é assertiva, “os objetivos são a eliminação de resíduos, diminuindo a poluição, a manutenção de produtos e matérias em uso do maior tempo possível e a regeneração dos sistemas naturais” e quanto à prática é preciso rever o sistema produtivo de cada cadeia de valor, “por exemplo em Pernambuco estamos trabalhando com duas empresas para recolher a sucata da linha branca que uma fábrica produz, após sua utilização ela é levada para outra empresa siderúrgica e reutiliza todo o metal novamente”, explicou.
Cotidiano
Trazendo para a população Ana Rúbia defende que as pessoas podem inserir a Economia Circular no seu cotidiano, de maneira fácil com uma simples coleta seletiva, “quanto mais bem separados estiverem os resíduos, maior a chance de reúso, reciclagem ou reaproveitamento desses insumos em uma mesmo ou outra cadeia de produtiva”, pontuou.
Quando questionada porque é tão importante o desenvolvimento da Economia Circular, a diretora executiva, afirmou que “o lixo que o homem produz afeta todo o planeta e porque a poluição é um dos maiores desafios da humanidade nos dias atuais, sendo que a economia circular propõe essa nova forma de produção sem a geração de resíduos”.
Para finalizar Ana Rúbia deixa uma mensagem para quem tem interesse no assunto, “Eu amo repetir o mantra que trabalhamos para construir um bioma caatinga economicamente próspero, socialmente justo e ambientalmente rico” e para quem tem interesse em conhecer mais sobre a Economia Circular, ela deixou o aqui o Instagram @economiacirculardr, e lembrou a todos que a conservação do meio ambiente de precisa ser uma luta de todos.
Perfil: Ana Rúbia Torres de Carvalho
Formada em Direito há 38 anos pela Universidade Federal de Pernambuco Especialista em Direitos Difusos e Coletivos. Promotora de Justiça aposentada. Advogada com atuação nas áreas ambiental e criminal. Envolvida com Economia Circular desde 2011, Diretora Executiva do Instituto Brasileiro de Economia Circular. Membra do Conselho Nacional da Reserva da Biosfera da Caatinga, da Unesco. Determinada a contribuir para um Bioma Caatinga economicamente próspero, socialmente justo e ambientalmente rico.
Por Lidiane Souza