Com o início das férias escolares e, consequentemente, com mais tempo livre em casa, as crianças e jovens podem acabar ficando mais tempo em frente às telas do que o tempo recomendado. Psicóloga educacional da Rede SESI de Educação, Rafaela Souza explica que, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), os principais problemas que o uso abusivo do celular e da internet podem causar são o risco de Dependência Digital e Uso Problemático das Mídias Interativas, que já figuram como problemáticas de saúde na Classificação Internacional de Doenças – CID 11.
“O uso excessivo também pode provocar outros quadros relativos à saúde mental como irritabilidade, ansiedade e depressão, transtornos do déficit de atenção e hiperatividade e do sono. Na alimentação, pode causar sobrepeso, anorexia ou bulimia. Além de transtornos da imagem corporal e da autoestima ou comportamentos autolesivos”, elencou a profissional de saúde.
Recomendações
Para Rafaela Souza, estabelecer um diálogo com a criança explicando os prejuízos que determinadas situações lhe causam a curto e longo prazo deve ser uma das primeiras atitudes que os responsáveis devem ter diante de crianças e jovens que não querem sair de frente das telas. “É necessário estabelecer uma rotina de uso com tempo e acesso limitados e controlado pelos responsáveis, que devem se ater as orientações do tempo de uso dependendo da faixa etária de desenvolvimento. Se com a retirada das telas o comportamento se alterar muito, talvez seja hora de procurar apoio profissional”, pontua.
Ela lembra que o tempo recomendado de tela depende da idade. Crianças menores de 2 anos não devem ficar em frente a telas, o uso não é recomendado nem pela Organização Mundial da Saúde, nem pela SBP. Já de 2 a 5 anos, o tempo recomendado é de 1h por dia, enquanto de 6 a 10 anos é 2h por dia e de 11 aos 18 anos 3h por dia. Ela destaca que o uso prolongado de telas pode, inclusive, impactar no desempenho escolar na volta às aulas. “Um comportamento de vício em eletrônicos é um vício como qualquer outro e, ao desregular a rotina de sono e estabelecer outros prejuízos até mesmo a nível de capacidade de memória e atenção, isso repercute fortemente na rotina escolar, pois, prejudica o desempenho cognitivo”, alerta.
Para dar um descanso das telas, uma ideia que Rafaela dá aos pais e responsáveis é tentar resgatar as atividades lúdicas, do tempo de qualidade junto à família e das brincadeiras compartilhadas com outras crianças. “O desenvolvimento humano depende do nível de relações e experiências vivenciadas durante o desenvolvimento infantil. Criança precisa brincar, correr, se sujar, seja por meio do brincar livre ou direcionado”.
Sistema FIEPE
Mantido pelo setor industrial, atua no desenvolvimento de soluções para trazer ainda mais competitividade ao segmento. Além do SESI – que proporciona serviços de saúde e educação básica para os industriários, familiares e comunidade geral – conta ainda com a FIEPE, o SENAI e o IEL. A Federação realiza a defesa de interesse do setor produtivo e contribui com o processo de internacionalização das indústrias. Com o SENAI-PE, além de formação profissional, são oferecidos os serviços de metrologia e ensaios, consultorias e inovação. O IEL-PE foca na carreira profissional dos trabalhadores, desde a seleção de estagiários e profissionais, até a capacitação deles realizada pela sua Escola de Negócios.
Fonte: CLAS Comunicação & Marketing